domingo, novembro 09, 2008

Jogo de 1960.

O relato desse jogo foi mandado pelo meu estimado amigo Paulo Bezerra. Ele disse que eu poderia não querer publicar, se assim preferisse, pois era fato ocorrido na pré-história ... hehehe. Grande figura, o Paulo. Publico com prazer mais essa história do nosso Santa Cruz.

O Clássico do goleiro nervoso
O primeiro turno do campeonato pernambucano de 1960 foi do Náutico, de forma merecida. O segundo turno entretanto foi uma briga de foice. O Santinha foi o primeiro a faturar o Náutico. O Sport apenas empatou. Na segunda rodada (jogos da volta), o Santa Cruz segurava a pequena vantagem com unhas e dentes. No clássico contra o Sport, o Santa como mandante, levou o jogo para os Aflitos, pois o “Alçapão do Arruda”, como era chamado seu campinho, não comportava clássicos. O Sport tinha um ataque arrazador com Traçaia, Djalma, Oswaldo, Betancourt e Elci. O Santinha tinha uma péssima defesa com Agostinho, Roberto, Nagel (o único bom), Luís e Dodô, porém seu Centro avante, Lua, era o artilheiro do campeonato, empatado com Djalma do Sport. Apitou o jogo, em seu primeiro e último clássico, o tricolor Torres Sidrônio. Mal começou a peleja e o juiz marca um penalti altamente duvidoso contra o Sport. Lua cobra, marca, e passa na frente de Djalma na artilharia. A partir daí o time e a torcida rubro negra, pressionaram tanto o juiz, que ele marca outro penalti, este em favor do Sport , ainda mais escandaloso. Apenas para compensar o anterior e por puro medo. O Sport cresce e o seu ataque parecia um rolo compressor massacrando a defesa do Santinha. A bola batia na trave, na cabeça de Agostinho, nas costas de um jogador e não entrava. Num contra ataque esporádico, o zagueiro tricolor Múcio chuta a bola do meio do campo e o goleiro Manga (que viera do Santos) aceita. Era meados do segundo tempo e a partir daí o time do Sport partiu para o tudo ou nada. Eu e quem assistia ao jogo atrás da barra do Santa Cruz, víamos o técnico Ricardo Diez levar vários cigarros Continental sem filtro acesos para Agostinho tentar acalmar os nervos. Ele os fumava de um trago. No final deu Santa 2 x 1. No outro domingo, como não tinha nada de besta, o técnico do Náutico Gentil Cardoso abriu para o tricolor, colocando o time reserva para enfrentar o Santinha. Era bem melhor enfrentar o Santa Cruz na final, pois o tricolor não construíra um bom time naquele ano, enquanto o Sport estava em visível ascensão. No final do campeonato deu Náutico pois venceu a melhor de duas por 1 x 0 e 2 x 1. Nunca esqueci aquela memorável vitória contra o Sport, mesmo com um goleiro nervoso e um juiz incompetente...Taí...

segunda-feira, novembro 03, 2008

Santa vence Corinthians no Arruda - 2006

O ano de 2006 não deixou muitas saudades. Além da lembrança da perda do bi-campeonato, tivemos ainda a queda da Série A. Daquele amargo campeonato, o jogo que mais me marcou foi aquela vitória sobre o Corinthians de Tevez, no Arruda. O time começou muito mal o campeonato, mas a parada para a Copa de 2006 nos ajudou. Veio o técnico Maurício Simões e o Santa deu uma arrancada sensacional. Primeiro uma vitória sobre o Goiás, no Arruda, por 2 x 1. No jogo seguinte, goleada de 4 x 1 sobre o Fortaleza, lá no Castelão. Veio o Flamengo e metemos 3 x 0 no Arrudão. O próximo jogo era contra o badalado Corinthians, dos argentinos Tevez e Mascherano. Jogo de casa cheia, com mais de 50 mil torcedores. Jogo truncado, nervoso, com Valença marcando em cima e anulando Tevez. Aos 23 do segundo tempo, escanteio para o Santa e o zagueiro Alemão testa para o fundo das redes, dando a vitória ao Santa. O tricolor atingiu a quarta vitória consecutiva, saindo da zona de rebaixamento, feito que chamou a atenção da crônica esportiva nacional. Lembro ainda das palavras de um jornalista conhecido nacionalmente como torcedor do Corinthians: "Esse incrível Santa Cruz ...". O Santa ainda arrancou um empate de 3 x 3 contra o Cruzeiro, no Mineirão, no jogo seguinte, mas, depois disso, a limitação do elenco não conseguiu evitar a queda para a série B. Mas que esse jogo foi inesquecível, isso ele foi ...